No mês de outubro nos Estados Unidos, comemora-se o Columbus Day, em honra a Cristovão Colombo, o herói — sim, reforço, herói. Quem teve a sorte de contar com bons professores de história e de ter lido bons livros, baseados em fatos e documentos, conhece bem o contexto das Grandes Navegações para além do revisionismo histórico simplista que as agendas ideológicas progressistas tentam impor hoje em dia.
Colombo, um navegador genovês, convenceu os reis católicos da Espanha, Fernando e Isabel, a financiar sua expedição com o objetivo de encontrar uma nova rota para as Índias, pois acreditava que a Terra era redonda e que navegando para o oeste chegaria à Ásia.
Em 3 de agosto de 1492, Colombo partiu do porto de Palos, na Espanha, com três embarcações: a Santa Maria, a Pinta e a Niña. Para se ter uma ideia, um navio de cruzeiro moderno é quase 20 vezes maior em tamanho do que a nau Santa Maria, que acomodava apenas 40 tripulantes.
Imagine se lançar no Oceano Atlântico sem GPS, sem radar, contando só com vento e estrelas e um suprimento racionado de água potável e comida para chegar a um destino que nem se sabia se estaria mesmo lá ou quanto tempo levaria para cumprir a missão.
Em 12 de outubro de 1492, Colombo e sua tripulação avistaram terra firme, chegando à ilha de Guanahani (nas Bahamas), que ele chamou de São Salvador. Explorou outras ilhas do Caribe, interagindo com povos locais. Ele realmente acreditava estar nas proximidades da Índia, tanto que chamava os nativos de “índios”.
A viagem de Colombo foi o marco inicial da colonização europeia nas Américas. Cristóvão Colombo morreu em 20 de maio de 1506, na cidade de Valladolid, na Espanha, aos 54 anos, sem ter obtido o reconhecimento que merecia. Hoje, sem dúvida, merece um lugar de destaque entre aqueles que fizeram a humanidade evoluir graças ao espírito de aventura e de engenhosidade.
Infelizmente, há uma tentativa quase que imbecil de transformar fatos históricos como a descoberta da América num conto maniqueísta de “europeu branco malvado x nativos puros fofinhos numa terra imaculada”.
A atual vice-presidente dos EUA e candidata à presidência pelo partido democrata, Kamala Harris, em pleno Columbus Day, afirmou: “Os exploradores europeus trouxeram uma onda de devastação, violência, roubo de terras e disseminação generalizada de doenças.”
Kamala só esqueceu de mencionar que entre os nativos daqui já havia violência (sacrifícios humanos e canibalismo), doenças por inanição e malária, roubo de terras e guerras entre tribos rivais e outras desgraceiras que fazem parte de sociedades menos avançadas. A miséria humana, infelizmente, é inerente à condição humana.
Apelar para o revisionismo histórico burro nada mais é do que uma tentativa inútil de colocar a culpa dos fracassos atuais nos antepassados e assim se eximir da responsabilidade atual e urgente para resolver problemas. Meu alento é saber que gente como a Kamala Harris nem para nota de rodapé vai servir, enquanto Cristovão Colombo jamais será esquecido: cravou eternamente seu nome na história.