Uma movimentação que começou ainda em 2009 envolvendo o leilão de parte da cooperativa vitivinícola Forqueta, que orgulha-se de ser a primeira da América Latina, tem mais um capítulo a partir de agora. A Justiça expediu o mandado para posse em favor dos arrematantes, Miguel Thomasini e Roberto Marcon, o que poderá ocorrer a qualquer momento a partir desta quinta-feira (11), prazo definido pelo Tribunal do Estado do Rio Grande do Sul. A área arrematada tem cerca de três mil metros quadrados.
Sobre este assunto, o jurídico da cooperativa informou, por nota, que após o imóvel de sua sede ter sido arrematado em 2009, por diversas formas jurídicas, buscou-se reverter a referida expropriação, porém, recentemente, foi expedido pela 2ª Vara Cível da Comarca de Caxias do Sul o mandado de posse para os arrematantes.
"Desde a arrematação, a cooperativa vinha trabalhando na realocação de suas atividades, o que de fato está acontecendo neste momento. As operações da empresa iniciaram-se no ano de 1929, e terão sua continuidade em outro imóvel de sua propriedade, que fica ao lado do prédio expropriado", informou a cooperativa sobre o futuro de suas atividades.
A nota salienta também que ela não se opõe a desocupação do imóvel e que a posse se dará de forma pacífica.
Outras atividades no prédio
Sobre o Museu da Uva e do Vinho Primo Slomp e o projeto Ponto de Cultura Construindo Sonhos, ambos sediados no prédio arrematado, a cooperativa disse que solicitou ao juiz do processo a intimação do município de Caxias do Sul, responsável pelos dois projetos, mas até o presente momento não houve manifestação do Poder Judiciário sobre este pedido, o que não impede a posse do imóvel pelos arrematantes. Ainda conforme a cooperativa, a continuidade de tais atividades dependerá dos novos proprietários do imóvel e da prefeitura.
A coluna conversou com um dos arrematantes que disse que só vai se pronunciar sobre os projetos que pensam para o prédio histórico após tomar posse. A prefeitura também vai esperar a movimentação da posse para iniciar as conversações. A ideia do poder público é, primeiro, saber o que os novos proprietários querem fazer com o local para, então, se manifestar.