Se depender de investimentos privados previstos para os próximos anos, o turismo em Caxias do Sul tem grandes chances de deslanchar. É o que o 1º Fórum Técnico dedicado à atração de investimentos em turismo e desenvolvimento econômico em Caxias apontou nesta semana. O evento foi promovido pelo Mobi (Mobilização por Caxias) na CIC. Os projetos somados projetam injetar, pelo menos, R$ 55 milhões com as novas atrações locais.
A vocação turística de Ana Rech pretende ser retomada, já que dois projetos de grande porte se concentram nesta região da cidade. No fórum do Mobi, Eduardo Valduga, fundador da vinícola de Bento Gonçalves, informou o plano de investir mais de R$ 30 milhões. O grupo vinícola, em conjunto com outros investidores, arrematou por R$ 12,7 milhões o castelo histórico do Château Lacave, no final do ano passado. No encontro desta semana, Valduga disse que a previsão é de lançar o empreendimento em março do ano vem. Além da vinícola, outros negócios do grupo, que também atua no segmento de cervejas, cosméticos, massas e gelatos (sorvetes italianos), devem estar presentes, incluindo a novidade: fabricação de chocolates.
Quem também apresentou projeto grandioso para Ana Rech foi o empresário Edson Tomiello. Ele é o responsável pela Villa dei Troni, empreendimento turístico que vai recriar a primeira colônia de Caxias. Conhecido por ser o fundador da Neobus, ele está construindo uma vila histórica que une a colonização italiana com o tropeirismo. O investimento para a montagem do complexo turístico é estimado em R$ 25 milhões. Durante o encontro do Mobi, Trovão, como é conhecido, destacou a importância do poder público “destravar” projetos que já têm investidores, caso dos que foram elencados no fórum.
Entre os participantes também estavam José Galló, presidente do Instituto Hércules Galló, e Pedro Valério, CEO do Instituto Caldeira. A intenção é reproduzir o modelo que transformou o 4º distrito de Porto Alegre em referência de inovação em Caxias do Sul. O local indicado é a área histórica de Galópolis, onde há vários prédios que já abrigaram um lanifício e que estão desocupados.
— Temos projetos ligando o eixo Leste a Oeste, de Galópolis a Ana Rech — destaca o presidente do Mobi Caxias, Rodrigo Postiglione, sobre a importância de reunir os atores que podem diversificar o perfil econômico da cidade.