Um levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias do Sul, que está sendo ampliado e deverá ser concluído ainda nesta semana, mostra que o varejo caxiense deverá amargar um prejuízo diário de R$ 3,2 milhões devido às restrições impostas pela bandeira preta. Com as imposições em vigor desde o dia 20 de fevereiro e a expectativa de mudança de classificação a partir de 22 de março, o setor deixará de arrecadar R$ 96 milhões.
O cálculo está sendo projetado a partir da arrecadação de ICMS, no desempenho econômico de 2020 apurado pelo Termômetro de Vendas da CDL Caxias, e também em dados de emissão de documentos eletrônicos fiscais da Receita Estadual. O assessor de economia e estatística da CDL Caxias, Mosár Leandro Ness, diz que o prejuízo diário de 2021 foi alinhado para baixo na comparação com outros momentos de 2020, mas isso não é uma notícia boa. Pelo contrário, a variação de R$ 3,6 milhões para R$ 3,2 milhões ocorre por conta do encolhimento da economia. A entidade estima que, em 2020, os prejuízos no comércio tenham chegado a, aproximadamente, R$ 412 milhões.
Nesta quarta-feira (10), a CDL encaminhou ao prefeito Adiló Didomenico um pedido de isenção ou adiamento por 90 dias do pagamento de IPTU, ISS e qualquer taxa exigida pelo fisco das empresas afetadas com as medidas de restrição.