Cada atividade econômica apresenta seus desafios e complexidades. Lojistas e empresários do ramo de serviços, especialmente, têm relatado à colunista um problema difícil de ser contido. Trata-se da desatenção das equipes pelo uso desenfreado de celulares, computadores, aplicativos, redes sociais e internet durante o expediente, tirando a atenção do que mais interessa (no caso do varejo, por exemplo): atender o consumidor.
Essa postura provoca dispersão no trabalho e, não raro, faz com que clientes saíam das lojas sem serem atendidos com zelo, porque a equipe está focada nos aparelhinhos e não na movimentação que ocorre em meio a prateleiras e cabideiros.
Ao empresário, a situação por vezes mostra-se delicada: proibir o uso da internet nos tempos em que ela também é instrumento de informação, formação e de pesquisa ao próprio exercício do trabalho parece uma medida drástica e até de censura. Deixar livre, ressalvando a necessidade óbvia de cautela para que a vida virtual não se sobreponha à real, nem sempre é um conselho seguido pelos profissionais. O desgaste nas relações de trabalho torna-se inevitável.
Proprietária de uma agência de turismo relatou que foi obrigada a afastar uma funcionária que passava o dia postando flagrantes pessoais em uma rede social, em vez de prestar um serviço de excelência, função para qual era paga.
Os novos tempos trazem facilidades. O próprio atendente usa a internet para pesquisar informações de produtos. Mas também gera novos desafios (e impasses). A tecnologia traz libertação, mas, se não dosada, pode aprisionar. Bom-senso e profissionalismo devem prevalecer.