Em meio às negociações da campanha salarial da categoria, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs) divulgou o balanço econômico referente à maio, mês da greve dos caminhoneiros, que paralisou as atividades por 10 dias, causando prejuízos aos negócios do setor.
Como se previa, o faturamento do segmento em Caxias caiu 10,08% em relação a abril de 2018 e 4,98% na comparação com o mesmo mês (maio) do ano passado.
A principal atividade industrial da Serra vinha esboçando importante reação, após três anos de intensa crise, quando o resultado havia encolhido 38%, mas foi surpreendida por esse rombo. Mesmo equilibrando a retomada que desenhava-se desde o ano passado (fechou 2017 com avanço de 8,89%) e nos primeiros meses de 2018 (no quadrimestre, a alta foi de 25%), a indústria metalmecânica demorará para recuperar seu fôlego, pois hoje encontra-se em patamar de receita quase 50% abaixo de 10 anos atrás.
Por conta da greve dos caminhoneiros, R$ 250 milhões em peças e maquinários deixaram de ser produzidos e entregues, calcula o Simecs. Apesar das demissões, que ainda tiram o sono das famílias, a indústria de Caxias fechou os primeiros cinco meses do ano com saldo positivo de 3.134 postos de trabalho (admissões menos demissões).