Seja por estratégia própria dos postos, em função do consumo retraído e da concorrência acirrada, ou por ações do governo, o fato é que o combustível vem reduzindo na bomba. Na última semana, a Petrobras anunciou queda dos preços nas refinarias em 5,4% para a gasolina e em 3,5% para o diesel.As explicações da estatal?

A concorrência com os combustíveis importados motivou a redução dos preços, e os novos valores continuam com "margem positiva em relação à paridade internacional."

A Petrobras sinalizou que poderá aumentar a frequência dos ajustes (espera-se que para baixo). "A decisão foi guiada predominantemente por um aumento significativo nas importações no último mês , o que obrigou ajustes de competitividade da Petrobras no mercado interno", anunciou a nota.

Se o recuo for inteiramente repassado ao varejo, o diesel pode cair R$ 0,07 por litro e a gasolina, R$ 0,09, em média. Será que a redução já está sendo sentida na bomba, ou, por ser pequena, ficará anulada? Além de decisões do governo, a postura do público conta e muito para mudar a dinâmica do mercado.

Em cidades como Bento Gonçalves, que recentemente percebeu quedas acentuadas nos preços, isso é visível. No último final de semana, houve quem abastecesse por R$ 3,04 o litro da gasolina na cidade do vinho. Há uma concorrência agressiva entre as revendas do município, que se reverte em baixa de preços e longas filas. A estratégia é mais comum nos finais de semana, pois nesta segunda-feira as tabelas já retornaram aos valores tradicionais (mesmo assim, abaixo dos praticados em Caxias).