Um dos principais mercados externos para o polo de Bento Gonçalves, a Bolívia passará a dificultar o ingresso de nossos móveis a partir de 1º de julho.
Para tentar reverter o decreto 2752, que exigirá autorizações prévias para as importações de diferentes produtos naquele país, entre eles os móveis de madeira e os têxteis, o Sindmóveis de Bento Gonçalves está mobilizando entidades industriais do Estado e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Leia mais
Café colonial de Gramado abre filial em Porto Alegre
Cerveja de Caxias é a melhor da América do Sul
Fundador da Saccaro é a estrela de vídeo comemorativo aos 70 anos da empresa
A intenção é reverter a medida, que estabelece um prazo de 60 dias úteis para a liberação das encomendas e impactará negativamente as indústrias moveleiras da região, do Estado e do país.
O Sindmóveis avalia que trata-se de um decreto discriminatório, válido só para países não integrantes da comunidade andina, e reivindica que os benefícios sejam estendidos ao Mercosul.
– A medida, entrando em vigor, traz dificuldade e imprevisibilidade aos exportadores de móveis nacionais, justamente em um momento de grave crise econômica brasileira – pontua o presidente do Sindmóveis, Henrique Tecchio.
Para entender: somente em 2015, o polo moveleiro de Bento Gonçalves exportou mais de US$ 1,5 milhão à Bolívia. De janeiro a maio, houve crescimento de 30,4% nos embarques em relação ao mesmo período do ano passado, colocando esse mercado entre os 10 principais destinos das exportações.