Apesar de representar 44% da população economicamente ativa, as mulheres ocupam apenas 6,3% dos cargos de grande responsabilidade nas empresas do país. A disparidade, que assusta, foi tratada na reunião-almoço de ontem da CIC.
O encontro, alusivo ao Dia Internacional da Mulher, contou com a palestra da vice-presidente da Câmara Estadual da Mulher Empreendedora (Ceme) da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas), Yêda Fernal.
- O que se percebe é que as mulheres entram nas organizações pela mesma forma e com a mesma facilidade que os homens, mas param pelo caminho. A plenitude corporativa das mulheres acaba nos cargos de gerência, enquanto a dos homens segue - avaliou Yêda.
Pesquisas trazidas pela palestrante apontaram ainda que 47 das 100 maiores empresas da América Latina não contam com nenhuma mulher em seus conselhos administrativos. O cenário, porém, tende a mudar: segundo Yêda, um estudo realizado pelo Fórum Econômico Mundial concluiu que, quanto maior a participação das mulheres na vida econômica de um país, mais desenvolvido ele consegue ser. Na Europa, por exemplo, 20% dos grandes cargos já são delas.
- Não queremos ocupar espaço por gênero e sim por competência. Só que precisa estar claro: competência não usa calça, nem saia.
Representatividade
Caixa-Forte: Mulheres ocupam só 6,3% dos grandes cargos
Alusiva ao Dia Internacional da Mulher, reunião-almoço trouxe números da mulher na economia
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