Alternativa mais barata para quem quer se locomover dentro da cidade, os ciclomotores necessitam de habilitação específica para serem pilotados. Em Passo Fundo, no norte do Estado, é possível garantir a Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC) nos Centros de Formação de Condutores (CFCs).
Assim como as carteiras de habilitação de condutores, é preciso fazer aulas teóricas e práticas, porém com carga horária reduzida. São 20 períodos de aulas teóricas e cinco práticas. Atualmente o preço é de R$ 1.041.
No cenário local, a maioria dos que procuram a autorização optam pelo custo benefício, como avalia o diretor-geral do CFC Autotech, Antonio Carlos Gonçalves dos Santos:
— A modalidade já se consolidou no cenário local pelo custo benefício. A moto hoje é mais atrativa que um veículo, e as opções elétricas são buscadas também em função do combustível ter valor mais acessível. E a maioria quer se locomover dentro da cidade, gastando pouco.
O que é o ciclomotor
Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), são considerados ciclomotores os veículos de duas ou três rodas cuja velocidade máxima não exceda a 50 km/h. Sua circulação está restrita a zona urbana na cidade, sendo proibido o tráfego em rodovias e vias de trânsito rápido.
O uso de capacete de segurança com viseira ou óculos protetores é obrigatório, sendo esta a principal forma de segurança, como aponta Gonçalves:
— Independente do veículo ser elétrico ou de combustão, o capacete é sempre necessário. É o único equipamento de segurança que oferece. Quem não usa, além de infringir a lei, está correndo um risco muito grande de ter problemas maiores em caso de uma queda, por exemplo.
Quem pode se habilitar
Para dirigir os ciclomotores é preciso ter mais de 18 anos e ter a Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC) ou CNH na categoria “A”, para motos. A necessidade de um documento ou outro depende do modelo do ciclomotor.
Aqueles que possuem CNH A podem dirigir todos os ciclomotores, porém quem tem apenas a ACC não está habilitado para dirigir motocicletas. Por isso, a recomendação é que o condutor avalie qual será sua necessidade, para melhor escolha do documento:
— Existe uma diferença de R$ 1,5mil entre os tipos de habilitação. Acaba que a maioria dos que tiram a ACC é pelo valor mais atrativo, ou porque não pretendem comprar uma motocicleta futuramente — completou Santos.
No caso da educadora física Paula Fernanda Dalla Lana, a opção foi fazer apenas a ACC. Há quatro meses ela substituiu os trajetos que fazia de carro e passou a se deslocar na cidade com uma scooter elétrica:
— Ela não precisava de carteira, mas tive o interesse de fazer igual para estar habilitada. Para mim facilita muito o dia-a-dia, eu carrego duas vezes na semana e consigo rodar todos os dias. Fora que é mais fácil de estacionar e tem a praticidade de andar, a gente só acelera.