A fuga de três detentos do Presídio Regional de Passo Fundo no último sábado (2) voltou a chamar a atenção para a casa prisional.
A estrutura está interditada desde dezembro de 2023, quando chegou a ter 726 presos — capacidade 236% acima do permitido.
No próximo mês, autoridades devem realizar uma nova vistoria para decidir sobre a continuidade da interdição.
De acordo com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), há reformas em andamento e a unidade tem respeitado a capacidade estipulada pela decisão judicial da Defensoria Pública, de 515 presos.
Em outubro, o presídio recebeu propostas de quatro empresas interessadas no contrato de reformas da unidade. A ideia é investir R$ 11 milhões para readequar a estrutura, incluindo rede elétrica, construção de pórtico, duas novas galerias e 40 novas vagas.
Na tarde de segunda-feira (5), a operação desencadeada após a fuga do trio Felipe Canto da Silva, Antonio Augusto Zilles e Cassiano Monteiro transferiu cinco presos para outras instituições penais do RS.
"A ação envolveu a movimentação de mais de 300 presos e contou com a participação de 40 servidores penitenciários do Grupo de Intervenção Rápida da 4ª Região, da 4ª Delegacia Penitenciária Regional e da própria unidade prisional", disse o Susepe, em nota.
— Os fatos que envolvem a fuga de três apenados seguem sendo apurados pela Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário — concluiu o órgão.