Nos primeiros 15 dias de janeiro de 2024, Passo Fundo registrou três casos de contêineres de lixo queimados. O número chama a atenção, pois supera em 50% todo o mês de janeiro do ano passado. Esses não são os únicos casos de vandalismo contra contêineres em Passo Fundo: em 2022 e 2023, 43 foram queimados, mas também há registro de furtos e danos nesses equipamentos.
O primeiro caso aconteceu no dia 2, por volta das 18h, na Avenida Presidente Vargas. Câmeras de vídeomonitoramento mostram o momento em que um homem caminha pela calçada e para próximo ao contêiner. Ele olha para o interior e sai. Pouco tempo depois, é possível ver fumaça e labaredas de fogo no equipamento (assista ao vídeo acima).
Os casos são recorrentes no município. Nos últimos dois anos, a média é de até dois contêineres queimados por mês. Um levantamento da Contemar, empresa responsável pelos 1.313 contentores de Passo Fundo, apontou que, entre janeiro de 2022 e dezembro de 2023, o município teve mais de 40 itens queimados.
O local de maior incidência dos incêndios é o centro do município (confira no gráfico abaixo).
"No fim, todo mundo se prejudica", diz gerente da Contemar
Além de casos em que os contêineres são incendiados, existem ocorrências em que as estruturas são furtadas. Segundo o secretário de Meio Ambiente de Passo Fundo, Rafael Colussi, o poder público atua em parceria com a empresa e órgãos de segurança para coibir os casos.
— No outro dia acompanhamos nas redes sociais um cidadão que levava um contêiner em cima de um carrinho. Dentro de minutos ele foi localizado, recuperamos o contêiner e ele foi responsabilizado — disse o secretário.
Outro caso recente que chamou a atenção foi um furto feito durante a noite de 5 de janeiro. Além de o ladrão ter colocado o contêiner na caçamba de uma camionete e ido embora, ele teria substituído o objeto por um "semelhante" para disfarçar o ocorrido. Nesse caso, câmeras também auxiliaram as autoridades.
— Isso prejudica o nosso trabalho enquanto empresa, o cidadão que não tem onde colocar o resíduo e também a empresa de coleta, porque ela vai passar naquele ponto, não vai conseguir coletar e aquele lixo vai ficar no chão. No fim, é uma rede que acaba prejudicada com isso — afirmou Claudinei Costela, gerente de mercado da Contemar.