O Parque Científico e Tecnológico da Universidade de Passo Fundo (UPF Parque) comemora neste ano uma década de fundação. Ao longo dos anos, foram mais 40 empresas instaladas no local, mais de 200 projetos institucionalizados de cooperação e quase R$ 30 milhões de projetos de inovação e cooperação contratados.
Para marcar o aniversário, a universidade lançou na tarde desta terça-feira (21) o Passo Fundo Valley, o distrito da inovação.
A reitora da UPF, Bernadete Dalmolin, destacou que a data é um marco dentro da instituição. Ela considera que a inovação começou a ser trabalhada dentro da universidade muito antes da criação do parque.
— Estamos completando 10 anos de uma trajetória de muita mentoria, pesquisa colaborativa e de muito trabalho com as empresas. Estamos agora em outro momento, em outro ciclo da inovação da cidade. Temos outras iniciativas que estão sendo desenvolvidas que se integram. Fazer inovação precisa de todo mundo, de um grande pacto — disse a reitora.
Bernadete lembra que, uma década atrás, pouco se falava em inovação e que existiam barreiras entre as empresas e a área acadêmica, mas que no passar dos anos isso acabou sendo superado. Nesse período, foi constatada a importância do trabalho em conjunto.
— O mundo passa por transformações importantes, assim como a academia. Hoje já falamos mais sobre inovação. Antes tínhamos apenas históricos de outros países e lugares no Brasil. Tínhamos barreiras entre nos aproximarmos de empresas e instituições para discutirmos problemas comuns e buscarmos soluções — contou a reitora.
A diretora do UPF Parque, Teo Foresti, destacou que o momento é de comemoração e de reafirmar o protagonismo que o parque desenvolveu na região com o passar dos anos.
— O UPF Parque foi construído por várias mãos ao longo de mais de uma década. Hoje é o momento de comemorarmos o protagonismo do Parque e tudo o que ele trouxe de benefícios para a região em termos de desenvolvimento. É uma data comemorativa que traz um pouco dos próximos anos do parque — disse a diretora.
O prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeira (PSD), afirmou que trabalhar a inovação se tornou uma necessidade. O chefe do Executivo defendeu ainda a importância de se trabalhar o tema em conjunto, unindo instituições, empresas e o poder público.
— Nós ficamos muito felizes pelos 10 anos do UPF Parque, que já fez tanto pela nossa cidade, na construção do conhecimento e na formação de mão de obra. Falar em inovação virou uma necessidade, tanto que criamos uma secretaria especializada para pensar novas ideias, novas maneiras de resolver os velhos problemas. A inovação traz novos desafios, até mesmo para a compreensão da comunidade e para isso precisamos fazê-la de mãos dadas. Agora com o Passo Fundo Valley, tenho certeza de que a gente abre uma nova oportunidade de novos negócios para o município — destacou o prefeito.
Passo Fundo Valley
Com uma área estimada de mais de 10 hectares, o Passo Fundo Valley contemplará, além do UPF Parque, setores e serviços que permitirão o desenvolvimento de áreas de pesquisa e inovação. Segundo a reitora da universidade, será um novo momento da inovação dentro da instituição. Além disso, os movimentos que antes eram menores agora poderão ser ampliados.
— Podemos esperar um espaço aberto, para inovação aberta, com muita troca, para que os atores possam convergir mais e mais e certamente desenvolverem novas pesquisas, soluções e novas rotas tecnológicas. Recentemente anunciamos a criação de uma usina-escola de amônia verde. Essa ideia foi surgindo e está acontecendo dentro da universidade, porque tem pesquisadores que discutem o tema, tem agricultores que discutem juntos, com empresas que desenvolvem o produto. Esse momento de sinergia que a universidade já tinha antes, em menor escala, agora vai ser possível ser ampliada — disse Bernadete.
Entre os objetivos do Valley estão atrair para a cidade de Passo Fundo e região novas atividades de pesquisa, desenvolvimento e produção de bens e serviços inovadores. As empresas que tiverem interesse de ingressar no projeto precisarão participar de um edital, atendendo requisitos e critérios técnicos. O primeiro processo será lançado pela UPF em fevereiro de 2024.