Em 3 de março de 1927, há 96 anos, nascia Vitor Mateus Teixeira. O menino que aos 9 anos se tornou órfão e enfrentou uma vida de pobreza nas ruas do distrito da Mascarada, zona rural do município de Rolante, na Serra Gaúcha, veio a se tornar um dos maiores ícones da música no Brasil.
Suas composições começam na década de 1940, quando Teixeirinha compra seu primeiro violão, de acordo com o historiador e doutor em Memória Social e Patrimônio Cultural, Francisco Cougo.
Mas a virada de chave da sua carreira ocorreu entre 1956 e 1957, quando o artista passou a, de fato, viver da música, principalmente com o lançamento do seu primeiro álbum de uma única música, intitulada Coração de Luto, em 1961.
A canção tornou-se um clássico e um fenômeno das rádios, juntamente com Gaúcho de Passo Fundo.
A história do Rio Grande do Sul passa por Teixeirinha
— Hoje ele com certeza está cantando, porque era assim que ele passava, alegrando as pessoas. Ele sempre se entregou de corpo e alma — conta a filha do artista, Márcia Teixeira.
Até hoje, Teixeirinha foi o músico que mais gravou canções inéditas no país: foram 754, além de ter deixado mais de mil músicas compostas. Ele não foi pioneiro somente na área musical, mas também no cinema e na televisão:
— Nos finais da tarde, ele dizia que algo formigava na cabeça dele, então se estava em casa, ele amanhecia compondo, ele precisava escrever.
Márcia relata que o pai era um apaixonado por Passo Fundo e sentia enorme gratidão pela cidade e, principalmente, pelos fãs, que tornaram sua canção um hino do município.