Por Juliano Brenner Hennemann, sócio-diretor da SPR, professor no MBA da ESPM e presidente do Sistema das Agências de Propaganda no RS (Sinapro-RS)
Imagine entrar em campo para uma partida de futebol que vai durar 12 meses. Os jogadores estão prontos, a torcida está na expectativa, mas algo inesperado acontece: do outro lado do campo, não há goleira.
Como se sente o talentoso time de jogadores? Perdido. Eles não sabem para onde correr, nem qual é o objetivo final. Enquanto isso, o time oposto joga com um plano claro, sabendo exatamente como atacar, pois a goleira do seu lado está lá, intacta.
Sem um planejamento robusto, as campanhas perdem impacto, a comunicação se desfaz, e o público fica sem entender o que a marca realmente representa
Essa metáfora ilustra a realidade de muitas empresas que, ao iniciar o ano, negligenciam o planejamento de marketing e gestão de marca. Sem um plano de marca bem definido, é como começar a partida sem um alvo. As ações se tornam desconexas, os recursos são desperdiçados e os concorrentes aproveitam essa falta de direção para avançar com clareza.
Marketing e gestão de marca não podem ser deixados em segundo plano. Pelo contrário, são fundamentais para guiar as iniciativas de uma empresa ao longo do ano. Sem um planejamento robusto, as campanhas perdem impacto, a comunicação se desfaz, e o público fica sem entender o que a marca realmente representa. Um bom plano de marca oferece um norte claro, com metas e ações concretas. Afinal, não adianta ter um time talentoso se ele não sabe onde está a goleira.
Estudos mostram que muitas empresas ainda subestimam o valor de uma estratégia bem-estruturada. E o resultado? Elas entram no jogo com menos chances de vitória, enquanto aquelas que investem em planejamento colhem os frutos de um desempenho organizado e assertivo. Marcas fortes são aquelas que têm um propósito claro e um caminho definido.
Ao se aproximar o final do ano, é hora de se perguntar: sua equipe está se preparando para o jogo? Ou vai começar mais um ano sem goleira do outro lado do campo?