Por Simone Buksztejn Menda, fundadora da Eu Amo Papelão
A frase que mais falamos ultimamente para os nossos filhos é: "Sai do celular"! E foi em um desses dias que eu resolvi tentar entender se isso que eu estava pedindo era possível! Comecei por aquilo que mais toma o nosso tempo: redes sociais.
Ficar três meses sem utilizar redes sociais foi uma experiência profundamente positiva. No início, a decisão de desconectar parecia desafiadora, considerando o quanto essas plataformas estavam integradas à minha rotina diária. Porém, com o tempo, os benefícios começaram a se tornar transformadores.
Descobri a alegria de conversas mais profundas, de brincadeiras e risadas sem a distração constante do telefone
Eu parei de usar as redes sociais para ver se era possível incentivar meus filhos a fazer o mesmo. A influência dos pais no comportamento dos filhos é inegável, especialmente no uso de tecnologia. Para que eles entendam a importância de equilibrar o tempo de tela, decidi liderar pelo exemplo.
Um dos impactos mais notáveis foi a redução da ansiedade. Sem a constante enxurrada de notificações, minha mente se sentiu mais calma e tranquila. A ausência de comparações incessantes com as vidas "perfeitas" permitiu-me focar no meu próprio bem-estar.
Esse período proporcionou uma quantidade significativa de tempo livre. Descobri a alegria de conversas mais profundas, de brincadeiras e risadas sem a distração constante do telefone. Redescobri o prazer das atividades simples, como ler um livro ou caminhar, sem a necessidade de documentar tudo para o mundo virtual.
No final, percebi algo surpreendente e emocionalmente poderoso: não perdi nada. As redes sociais podem criar uma ilusão de urgência e necessidade, mas a verdade é que as conexões reais acontecem fora das telas. Agora o desafio é achar o equilíbrio. O uso moderado das redes sociais, nos permite aproveitar os momentos mais importantes. São esses momentos que constroem memórias duradouras e fortalecem os laços que realmente importam. Ao buscar esse equilíbrio, estamos não só ensinando aos nossos filhos, mas também redescobrindo o valor de estar plenamente presente.