Por Delegada Nadine, deputada estadual (PSDB)
O Outubro Rosa é uma campanha internacional de conscientização criada na década de 1990. O movimento é marcado por iniciativas que focam no autocuidado e por uma série de ações de prevenção ao câncer de mama. A atenção com o próprio corpo, de fato, é uma sustentação para a saúde da mulher. Mas neste outubro de 2024 precisamos ir adiante.
Um estudo do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) trouxe uma informação importante e ao mesmo tempo preocupante. Das entrevistadas, 60% acreditam que a principal medida para a precoce detecção do câncer de mama é o autoexame. Ninguém seria irresponsável de retirá-lo da prioridade, mas não é somente isso.
O levantamento efetuado pelo do Instituto Nacional de Câncer (Inca) projeta que entre 2023 e 2025 sejam diagnosticados quase 74 mil novos casos que causem 18 mil mortes no país
A mamografia, que precisa ser feita anualmente entre 40 e 49 anos, pode identificar tumores menores. Dos 50 aos 69 anos, o recomendado é que as mulheres realizem os exames pelo menos a cada dois anos. Mas precisamos mais. Está na Comissão de Saúde o PL 370/2023, proposto por mim. Ele obriga o Estado a fornecer os testes genéticos para mulheres com alto risco. Se o índice de cura é de 90% (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) quando o câncer é identificado em estágio inicial, este exame atua de maneira ainda mais precoce, indicando a forma mais adequada de tratamento.
Cada mulher, cada homem pode ser um multiplicador deste necessário conhecimento e das buscas pelos exames de maneira antecipada. As estatísticas às vezes nos assustam. O levantamento efetuado pelo do Instituto Nacional de Câncer (Inca) projeta que entre 2023 e 2025 sejam diagnosticados quase 74 mil novos casos que causem 18 mil mortes no país. Por outro lado, podemos tentar traçar estratégias construtivas a partir deles. E a campanha exige medidas efetivas. Na Assembleia Legislativa já aprovamos lei de minha autoria que institui o Programa Estadual de Navegação de Pacientes para Pessoas com Neoplasia Maligna de Mama no RS. Na prática, é aprimorar a assistência aos pacientes, assegurando a agilidade e o tratamento necessário. Prevenção, economia para o Estado e saúde para as mulheres.