Por Michel Gralha, advogado
A época de eleições é um momento fértil para medidas midiáticas, muitas sem nenhuma razão lógica, orquestradas por políticos interessados nos votos dos eleitores mais sujeitos a atitudes teatrais. Todo período eleitoral é a mesma coisa! As obras públicas começam a ser entregues, os buracos das nossas vias diminuem, as ruas parecem mais limpas, os serviços públicos mais atentos, as propagandas dos governos pipocando nos meios de comunicação e até tratores são utilizados para demonstrar o que é feito para convencer você de que nossos governantes são competentes e lutam por todos nós.
Em alguns casos, eles até dispõem da própria vida pelo cidadão, como noticiado nos últimos dias. São as chamadas técnicas populistas que na superfície parecem atender aos anseios do povo, mas que quando esprememos, o suco é uma ação individual eleitoreira sem nenhuma preocupação ou relação com o nosso bem-estar.
Por isto, é preciso reavaliar o que foi feito pelos nossos políticos. Quem está disposto a ficar, voltar ou ser a novidade nas eleições. Como brasileiros, deveríamos estar cansados de tantas promessas vazias e nenhuma atitude. É sempre aquela briga nas eleições e depois um rol de reclamações sobre as finanças públicas. Ora, o candidato não conhece previamente os recursos da localidade que almeja administrar? Então, como estrutura o seu plano de governo? Trata-se de desculpa prévia para justificar a ineficiência e o descaso que acompanharão os próximos anos de mandato. Para as próximas eleições, pensemos nisto.
Já estamos vivendo alguns exemplos positivos. Reformas estão sendo feitas contra a simpatia de muitos, mas importantes para nosso futuro. Mudanças estruturais são naturalmente antipáticas, mas fundamentais. O mais fácil é agradar a todos com políticas públicas irresponsáveis, mas isto não cabe mais. Tem que ajustar a máquina, não tem jeito. Para 2020 procurarei políticos antipáticos e trabalhadores! Cansei do sorrisinho amigo que ao final do mandato tentará entrar de trator na minha cabeça, para buscar, novamente, o meu voto.