Por Christopher Goulart, advogado, primeiro Suplente de Senador (PDT-RS)
Sim, busquei a inspiração deste título, na música "Your Song", do Elton John. Em outra oportunidade, nesta modesta vida de articulista esporádico – e pretensioso, já falei sobre minha impressão a respeito do título de um artigo: faz toda a diferença, para o leitor, entre ler ou não ler. Eis a questão! Logo, se a epígrafe te chamou a atenção, (incluindo obviamente ao editor deste jornal), se tu estás me acompanhando até aqui e disposto a ir até o final deste texto, então, de alguma forma, já sou responsável por ti, de acordo a Saint Exupery. Sendo assim, vou contar: eu já fiz algo grandioso!
Minhas três filhas. A mais velha, a Valentina, líder nata, contestadora, irreverente. Muito perspicaz. A do meio, Martina, com quem mais aprendo, tem uma forma totalmente diferente de ver o mundo, o seu silêncio fala mais do que muita frase de efeito, de gente que não causa efeito algum. E a Ana Beatriz, a caçula. Bem, ela me escolheu com certeza, nem sei bem o motivo. Aonde eu vou ela me segue e me abre um sorriso que me faz compreender o que há de mais importante neste mundo. Viver por viver, sem ter nada ou ninguém para doar-se, não faria o menor sentido.
Agora eu tenho vocês, minhas filhas, família, amigos e amigas, quem sabe mais algum punhado de pessoas que possam gostar de minhas poucas virtudes e meus muitos defeitos. É preciso enxergar que há um mundo lá fora, que precisa de nós. Repare, temos nosso próprio tempo. Obrigado Renato Russo. Na obra Montanha Mágica, de Thomas Mann, li que "Le temps revient". Exatamente, está chegando a hora! Devo contextualizar o dito: "I´ve got a feeling, a feeling deep inside", (Pelo amor de Deus, isso é Beatles!!)
Imagine todas as pessoas vivendo em paz. Filhas, filhos, mães, pais, avós, netos. O John tinha razão, ele não era o único sonhador. Quantos sonhadores somos então, John? Você, leitor, me ajude, esta pergunta é deveras muito importante: quantos sonhadores somos nós? Porque a vida é tão valorosa, tão intensa para ser gasta com imbecilidades. Espero que você não se importe que eu conclua, deixando esta mensagem: Precisamos encontrar-nos. Precisamos compartilhar as vitórias! Um abraço sincero, afetuoso, hoje mesmo, já seria um excelente começo.