Por Gilberto Porcello Petry, presidente da Fiergs
Vivemos num cenário mundial em que as economias são cada vez mais abertas e a forma de produção de bens e serviços com alto valor agregado é que dita a diferenciação entre os mercados. A questão da produtividade se associa progressivamente com o tema da educação, impondo a necessidade da qualificação das pessoas.
Hoje, são necessários mais trabalhadores brasileiros para produzir o mesmo que um americano ou francês. A competitividade da indústria no Brasil é afetada pelo peso da burocracia e de infraestrutura defasada, entre outros. Mas o fator que permeia as nossas limitações é sem dúvida a baixa qualidade educacional.
O problema no país não está no volume financeiro destinado à área, mas na necessidade de aprimoramento de políticas e processos educacionais. Nesse cenário, o Serviço Social da Indústria do Rio Grande do Sul (Sesi/RS) construiu um modelo de Ensino Médio que vem se tornando referência nacional.
As Escolas do Sesi/RS possuem, entre seus principais atributos, o protagonismo do aluno na aplicação de ferramentas tecnológicas em práticas pedagógicas e a resolução de problemas a partir de pesquisa e trabalho em equipe. O currículo, por exemplo, inclui robótica e outras competências modernas voltadas à denominada indústria 4.0, formando uma base para a formação profissional que o Senai/RS disponibiliza.
Esse modelo de educação do Sesi poderá ser visto nos próximos dias 30 deste mês e 1º de outubro, durante a mostra Sesi com@Ciência _ 2019. Os alunos apresentarão seus projetos, juntamente com palestras de especialistas, reunindo na sede da Fiergs as vivências e reflexões sobre Educação no Novo Mundo do Trabalho.
Em plena era da educação criativa, teremos a oportunidade de apresentar respostas importantes para elevar a competitividade da economia brasileira. E será um bom momento para que toda a sociedade possa indicar novos caminhos que nos conduzam ao desenvolvimento sustentado que tanto almejamos e que o Brasil merece.