Por Marcelo Malizia Cabral, juiz de Direito Diretor do Foro da Comarca de Pelotas e da Vara Regional de Execução Criminal
Lançado em 11 agosto de 2017, o Pacto Pelotas pela Paz está completando dois anos de existência e deixa um saldo de muitos crimes evitados, muitos deles gravíssimos, como roubos (assaltos) e homicídios.
Para que se possa extrair um pequeno retrato dos resultados dessa política pública, elegi os 24 meses que o antecederam (agosto de 2015 até julho de 2017) e os 24 meses que o sucederam (agosto de 2017 até julho de 2019) para examinar os crimes de homicídios. Pois bem. Nos 24 meses anteriores ao Pacto, Pelotas registou 202 homicídios, enquanto nos 24 meses posteriores ao Pacto, foram 159 homicídios, preservando-se, assim, 43 vidas.
Outro dado muito relevante é aquele referente aos roubos (assaltos). Estes números somente estão disponíveis nos 19 meses anteriores e posteriores ao Pacto e caíram de 6.450 para 5.122, o que significa que foram evitados 1.328 assaltos.
Haveria muitos outros números a apresentar, mas nessas breves linhas, apresentam-se os mais relevantes. Esse resultado significativo somente foi possível alcançar em razão do trabalho planejado, coordenado, inteligente e colaborativo de diversas instituições públicas e da sociedade civil. Refiro-me às ações da sociedade civil e às políticas públicas que estão sendo desenvolvidas em Pelotas para melhoria da qualidade e da quantidade das ações para a prevenção e a repressão ao crime e à violência.
A cooperação interinstitucional tem sido e continuará sendo fundamental para que as forças de segurança pública, os poderes públicos e a comunidade prossigam a atuar de modo colaborativo na superação da violência e na construção da paz em nossa cidade.
Parabéns a todas as pessoas e instituições que estão trabalhando para que Pelotas possa viver com menos violência e mais paz! Para encerrar, gostaria de professar minha fé no ser humano, no poder do bem, do Estado e da comunidade, além de reforçar meu compromisso profissional para que esses valores prevaleçam.