Por Fabrício Menez , instrutor da Fundatec
Ninguém está livre de sofrer um acidente de trânsito, de realizar uma cirurgia, estar em um tratamento oncológico ou ainda de ter familiar neonatal na UTI. Ninguém está livre de necessitar de uma transfusão de sangue.
No dia 14 de junho é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue. E como a ciência ainda não atingiu o seu ápice ao ponto de inventar sangue sintético, os hemocentros contam com as doações espontâneas das pessoas, visto que nada substitui o sangue extraído das veias humanas. O ato de empatia beneficia tanto o doador, já que esse dá um pouco de si para quem necessita, quanto para o receptor, que recebe uma nova chance de viver.
Não há malefício nenhum em ser um doador de sangue. Você só precisa cumprir os requisitos mínimos: estar em boas condições de saúde, pesar no mínimo 50 kg, ter entre 16 e 69 anos, estar descansado e não estar em jejum, mas evitar comidas gordurosas. Homens podem doar em um intervalo de 60 dias, já as mulheres de 90 dias. Uma doação, que equivale até 450 ml de sangue, pode salvar até quatro vidas, isso deve-se ao fracionamento da bolsa: concentrado de hemácias (glóbulos vermelhos), concentrado de plaquetas, plasma e crioprecipitado.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 1.8% da população é doadora de sangue – percentual que não atinge o mínimo projetado pela Organização Mundial da Saúde projeta que é de 2%. Por isso, anualmente, os hemocentros realizam campanhas para “captar” novos doadores – o que não seria necessário se cada um entendesse que faz bem estender a mão ao outro, doar-se – seja sangue ou um pouco de afeto. Por isso, não espere para amanhã o que você pode fazer hoje.
Aumente a porcentagem de doadores de sangue, aumente a esperança de vida e, principalmente, a sua empatia. Procure um hemocentro mais próximo de você.