Por Paulo Augusto Seifert, presidente da Aelbra, mantenedora da Rede Ulbra de Educação e professor de Filosofia
Em 2014, no seio da comunidade luterana em Canoas (RS), criamos a Aelbra, com o desafio de solucionar a crise financeira da Rede Ulbra de Educação, para o benefício não apenas de seus alunos (hoje são mais de 40 mil) e profissionais (4 mil), mas da sociedade como um todo. Cinco anos depois, estamos diante de uma sólida chance de cumprir essa missão.
A instituição passa por uma reestruturação, concebida com critério, gerida com responsabilidade e destinada a honrar os compromissos com os públicos aos quais servimos em 13 unidades presenciais de Ensino Superior e 15 escolas de Educação Básica, em seis Estados, e mais de 70 polos de educação a distância pelo Brasil. O movimento de ajuste na gestão, que se tornou ainda mais urgente com o contexto econômico dos últimos anos, já trouxe resultados positivos, como uma sinalização de que estamos no caminho certo.
O próximo passo é o mais importante de todos: a recuperação judicial. Ingressamos com o pedido na Justiça, porque estamos convictos da adoção dessa medida como o melhor caminho para devolver a saúde financeira à Instituição. Estudos de viabilidade financeira e de fundamentação jurídica sustentam cada passo que estamos dando. Reconhecemos que se trata de uma medida dura, mas que, inclusive, encontra a compreensão e o apoio de instituições e pessoas diretamente afetadas. Para seguir adiante, temos encontrado energia no apoio de alunos, professores, trabalhadores e suas famílias, ao perceber que as dificuldades são transitórias e que estamos no caminho certo para a Instituição voltar a crescer.
Em quatro décadas, formamos mais de 200 mil profissionais. Para boa parte deles, a concessão de bolsa de estudos significou a oportunidade de um curso superior. Com a organização financeira, a Rede Ulbra de Educação continuará garantindo ensino de qualidade para as atuais e futuras gerações.