Por José Paulo Cairoli, Vice-Governador do Estado (PSD)
Se só o desejo de mudança fosse capaz de fazer milagre no Rio Grande do Sul, ele se concretizaria. Mas a vida não é feita de milagres, especialmente quando a herança chega cheia de infortúnios. E não basta dizer que problemas são para serem resolvidos. Adversidades como as que herdamos sugeriam atitudes fortes e tempo para maturar.
O Rio Grande nos pareceu surpreendente na complexidade. Nunca se imaginou que os impedimentos seriam tamanhos.
Não há força de vontade capaz de mudar esta realidade, seja através da adoção de medidas ou pelo tempo necessário à maturação delas.
Conseguimos, com esforço e determinação, deixar um legado mais amistoso. Reduzimos o déficit financeiro previsto de 2015 a 2018 de R$ 25,5 bilhões para menos de R$ 8 bilhões. Combatemos a sonegação buscando R$ 3 bilhões e atraímos mais de R$ 9 bilhões em investimentos. Renegociamos o alongamento da dívida e reduzimos sensivelmente seu valor.
Implementamos novo modelo de governança e gestão e criamos a primeira lei de responsabilidade fiscal estadual do país, além da previdência complementar. Acreditamos que, através da transparência, seria possível resolver os problemas estruturais que se desvendavam.
Alguns conseguimos domar, como os que foram criados para favorecer o empreendedorismo: Facilita RS, Galope RS, Pilas RS, Junta Digital e licenciamento ambiental online, entre outros. E com disposição de manter os dados abertos com informações para a sociedade.
Foram muitas iniciativas. Algumas pouco simpáticas e que exigiram sacrifícios, como o parcelamento de salários do Executivo. Doeu o fato de os demais poderes e fundações ficarem de fora, assim como os contratempos na área de segurança, que, apesar das dificuldades, conseguimos melhorar.
Podemos dizer, com orgulho: vamos entregar um Estado mais organizado e com soluções para os problemas estruturais encaminhadas. Vamos deixar um Rio Grande bem melhor do que aquele que recebemos.
O que já é um grande feito diante das circunstâncias...