Por Diza Gonzaga, presidente da Fundação Thiago Gonzaga
"Vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer". Os versos desta canção, que já foram hino de uma geração, são muito bem-vindos nesta época do ano, em que renovamos as esperanças, reavaliamos nossas atitudes e projetamos o futuro.
O ano de 2018 foi especial para a Fundação Thiago Gonzaga, pois apesar das dificuldades que nosso país e estado vêm atravessando, conseguimos dar vida a projetos importantes. Com a parceria de empresas comprometidas com a vida, que se uniram à causa Vida Urgente, e com a significativa participação da sociedade, que abraçou nossas ações fazendo chegar a dezenas de milhares de pessoas nas mais distantes cidades do nosso Rio Grande a mensagem de preservação da vida.
Nesta última semana a Organização Mundial da Saúde divulgou o novo Relatório Global sobre Segurança Viária. Por ano são 1.35 milhão de vítimas fatais e outras dezenas de milhões de pessoas que são feridas ou incapacitadas em decorrência dos acidentes de trânsito.
O Relatório traz ainda um dado alarmante: o trânsito é a principal causa de morte de crianças e jovens entre 5 e 29 anos no mundo. Nada, nada, tira mais vidas nesta faixa etária que a doença motorizada.
Já conhecemos as causas. Agora, mais do que nunca, é hora de agirmos, pois, os esforços que estão sendo feitos, não estão ocorrendo na velocidade necessária para frearmos esta verdadeira epidemia que tira a vida de mais de 40 mil brasileiros a cada ano. Sabemos da importância do investimento em infraestrutura e fiscalização, mas é na educação que está a vacina para combater o trauma-trânsito.
Há mais de 20 anos vivenciamos todos os dias o poder da educação na formação de gerações mais conscientes, por isso, precisamos urgentemente fazer cumprir o que preconiza a Lei de Diretrizes e Bases e o nosso CTB: educação para o trânsito deve ser um tema transversal na formação de nossas crianças e jovens.
Para 2019 renovo minhas esperanças de que os novos governantes tenham sensibilidade para tirar do papel estas leis que podem salvar vidas e assim, possamos construir cidades seguras para todos.
Desejo, como nos versos do nosso hino, que o Rio Grande sirva de modelo, como um estado em que o cuidado com a vida seja uma tradição entre os gaúchos, passada de geração para geração. Afinal, a vida – a vida não pode esperar.