Houve um período em que, na maioria dos países, as mulheres terminavam seu ciclo reprodutivo dando à luz, em média, mais de cinco filhos. Esse padrão nas sociedades estimulou discussões sobre intervenções estatais que limitassem o número de filhos por mulher, tendo em vista a escassez de recursos naturais. No entanto, o cenário mudou. A Europa foi precursora de uma nova tendência, que, posteriormente, se verificou em outras regiões. Após mais de um século de redução da taxa de fecundidade, impulsionada pela urbanização e pela inserção da mulher no mercado de trabalho, no início da década de 70 o número de filhos por mulher estava abaixo de 2,1 – patamar conhecido como taxa de reposição, pois é o nível que manteria a população estável no longo prazo.