* Tecnóloga em marketing e mãe profissional
Era uma linda história de amor. De repente, episódios de agressão verbal, explode a violência física e todos perguntam: por que ela ainda está com ele?
Medo de ficar só, esperança de melhora ou a ilusão de que não se repetirá, são argumentos de quem não consegue reagir. Muitas vezes, as vítimas procuram socorro em amigos próximos e parentes, que zombam por não conseguirem sair da situação.
Mas não é nada fácil para as mulheres que estão vivendo esse drama. Questionam a si mesmas se vão conseguir dar conta financeira e socialmente, após uma separação.
Sentem medo de serem hostilizadas, pois o agressor tenta convencer a própria vítima e os outros de que o mártir é ele, a culpa é dela, quis sair de casa, mereceu apanhar...
A violência não é só física, é também psicológica, patrimonial, sexual e moral. Está na lei: violência física é quando agride sua integridade ou saúde corporal; psicológica é a que causa diminuição da autoestima, limitação do direito de ir e vir, constrangimento, humilhação, entre outros; sexual é toda conduta que obrigue a presenciar, manter ou participar de relação não desejada; patrimonial, quando há retenção, subtração destruição parcial ou total dos bens, documentos pessoais ou recursos financeiros; e moral é toda ação de calúnia, difamação ou injúria.
A mulher esquece de si, do quão maravilhosa é, e de sua força. Ajuda psicológica é o mais importante nesse momento. Pois, quando estão com a emoção fragilizada, são capazes de perdoar, e segue o ciclo de violência. Quando agem com a razão, tomam as medidas necessárias para a própria sobrevivência.
Para receber apoio, pode ligar para o número 180, exclusivo para denúncias de violência contra mulheres. Tem a Delegacia da Mulher em muitas cidades, ou mesmo em delegacias não especializadas ela pode pedir medida protetiva, para o agressor não se aproximar, e também ajuda psicológica. Na internet, existem grupos de auxílio e apoio às mulheres que são vítimas de violência, é a tecnologia a serviço do bem-estar da mulher.
O importante é procurar os direitos e romper esse ciclo.