Às vésperas do Dia do Trabalho, comemorado hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgou uma informação que deveria ser argumento suficiente para justificar as reformas estruturais propostas ao Congresso e à nação: o desemprego atingiu 14,2 milhões de pessoas no primeiro trimestre do ano. Críticos das mudanças legislativas que levaram multidões às ruas no protesto da semana passada alegam que o Brasil precisa de empregos e não de reformas. Mas não há como desvincular a causa da consequência: a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é um estatuto anacrônico para a época atual, servindo para criar mais entraves às relações de emprego do que benefícios. Daí a necessidade da reforma trabalhista, que já foi aprovada pela Câmara e ainda deve ser examinada pelo Senado. Ao mesmo tempo, o déficit previdenciário continua crescendo, as despesas com benefícios aumentam e a arrecadação cai, por vários motivos, entre os quais o envelhecimento da população brasileira. Não há mais como adiar a reforma previdenciária.
Editorial
Por que o Brasil precisa de reformas
Esta informação deveria ser argumento suficiente para justificar as reformas estruturais: o desemprego no primeiro trimestre, anunciado às vésperas do 1º de Maio, já atingia 14,2 milhões de pessoas.