Quem mora em Porto Alegre ou vive o cotidiano da cidade por razões de trabalho ou estudo e mesmo como turista não tem como ignorar: é cada vez mais visível um processo acelerado de deterioração de monumentos, muros e edifícios públicos e privados pela ação de pichadores. Diferentemente dos grafiteiros, que enriquecem espaços autorizados com sua arte, os pichadores se aproveitam da situação de abandono de muitos bens de valor inestimável e da ausência de segurança para prejudicar ainda mais a paisagem urbana. Os contribuintes, que sonham com uma cidade não apenas mais alegre, mas mais limpa, mais acessível e mais humana, só podem se indignar com essas agressões reiteradas à memória coletiva. O agravante é que, além de não conseguir prevenir os estragos, o poder público nem sempre consegue repará-los.
Editorial
É permitido proibir
O basta às pichações não depende apenas de ação firme do poder público, mas também de um trabalho continuado de conscientização.