Liderada por organizações sindicais e por movimentos sociais, a greve geral não se resumiu ao "fracasso", como a definiu o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, pois afetou a vida de milhares de brasileiros nas principais cidades. Deixou também mensagens importantes para os governantes e para a população. Ao Planalto, o recado claro é de que as consequências não chegam a ser significativas para a votação da reforma da Previdência, incerta até agora. O efeito junto à população também é questionável, a partir do momento em que uma paralisação em defesa dos trabalhadores precisa recorrer a tantas estratégias condenáveis para impedi-los de trabalhar. A todos, indistintamente, fica o recado de que é preciso uma melhor compreensão das reformas em debate e sobre as razões pelas quais o país tem urgência em implementá-las.
Editorial
As lições do protesto
A crise inquieta a todos, mas o que ajuda a entender melhor os excessos das manifestações é a recusa a perdas de privilégios com as reformas