A pichação do prédio da Faculdade de Medicina da UFRGS, na sequência de vandalismo semelhante praticado contra o Mercado Público recentemente, indica que as autoridades públicas e policiais da Capital precisam ampliar a vigilância sobre espaços públicos e, principalmente, adotar um tratamento mais rigoroso em relação aos pichadores. Quem não tem condições de viver em sociedade e de respeitar o patrimônio público, que é de todos, deve ser removido do convívio coletivo até que se corrija e se reeduque. Nos episódios referidos, o mínimo que se espera é que a polícia identifique os responsáveis e os encaminhe para a devida punição.
São casos de polícia, sem dúvida, mas não apenas isso. Os vândalos que sujam a cidade, muitas vezes apenas para se promover nos seus círculos de amigos e nas redes sociais, são gerados pela negligência educacional, pela falta de orientação familiar e até mesmo pela leniência e por posições equivocadas de influenciadores de opinião, que enxergam no vandalismo alguma forma de expressão artística ou política. Não é. Esse exibicionismo doentio e criminoso nada mais é do que desrespeito ao próximo, à cidade e ao patrimônio coletivo.
O poder público deve ser cobrado pela omissão na vigilância desses prédios históricos. É incompreensível que a Faculdade de Medicina já estivesse tão abandonada, com vidraças partidas e paredes descascadas, um verdadeiro convite aos vândalos. Mas a população também pode ajudar neste trabalho, alertando as autoridades sempre que observar movimentos suspeitos de pichadores ou presenciar qualquer tipo de depredação.