A virada de ano preserva sempre um olhar duplamente orientado: para o que passou e para o que virá. Parece unânime a opinião de que 2016 foi um ano difícil. Os argumentos em favor dessa tese são quase irrefutáveis: crise política, desastre na economia, perdas na cultura (Ferreira Gullar e Umberto Eco, para citar apenas duas) e tragédias aéreas indeléveis (talvez nem precise citar). Construímos – quase sempre – algumas certezas: o ano foi difícil e o próximo ano será melhor. O que virá não sabemos, mas as esperanças, tal como as utopias, das quais fala Galeano, servem para que possamos seguir adiante.
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