Quem são os inimigos do controle de gastos públicos? Basta observar as manifestações que bloqueiam trânsito nas grandes cidades e as críticas à Proposta de Emenda à Constituição que vai à votação em segundo turno na Câmara, nesta terça-feira, para se constatar que a rejeição parte prioritariamente de corporações de servidores públicos preocupadas em perder vantagens e privilégios. Num primeiro momento, os manifestantes levantaram as bandeiras da saúde e da educação, com o propósito de conquistar a simpatia da população para suas causas. Porém, tão logo o governo recuou na sua proposta inicial e transferiu para 2018 a vigência de limites sobre essas duas áreas, as grupos contrariados partiram para a contestação política, com bandeiras partidárias e palavras de ordem contra os atuais ocupantes do poder.
Editorial