Em um período curto de tempo, tivemos em Porto Alegre três crimes bárbaros. Uma jovem é abordada no aeroporto, não esboça reação, mesmo assim é sequestrada e torturada até a morte. O segundo caso, de uma médica abordada em uma sinaleira e que, mesmo tendo saído do seu carro, foi baleada e morta. O terceiro, de uma mãe aguardando seu filho na saída do colégio, morta ao lado de sua filha. Famílias destroçadas pela violência impune em nosso país.
Crimes bárbaros como esses se multiplicam por todo o país. Muitos desses homicídios são cometidos por indivíduos com longo histórico de crimes brutais. Alguns em liberdade condicional, outros fugitivos, outros com tornozeleiras.
Como sabem, isto não é novo. Geramos um exército de assassinos perversos e impunes. E o que fazer com tantos indivíduos que matam pelo prazer de matar? Recuperá-los? Por que não os enfrentamos com firmeza?
Sinceramente, não acredito em recuperação de indivíduos com tal grau de degradação mental. Fala-se em policiamento ostensivo. Colocar mais policiais para prender quem será solto no dia seguinte? Há a necessidade de uma justiça social maior e o combate ao tráfico de drogas. Sabemos que isto demandará muito tempo. E tempo é o que não temos. A situação é de vida ou de morte.
Apesar de muitos estarem horrorizados com tudo isso, a atitude que prevalece é de que nada podemos fazer, além do que está sendo feito. O pensamento que prevalece é de que qualquer mudança será injusta ou atentará contra os direitos humanos.
Assim como eu, os que querem mudanças, hoje, são a maioria. E é esta maioria que deve se unir. É preciso que nossas lideranças governamentais (lato sensu) iniciem um debate com todos os setores envolvidos. É preciso ações urgentes. É deles que a sociedade espera uma atitude rápida e uma reação firme. Afinal, qual é o problema? As leis inadequadas? As leis não são cumpridas?
Esses fatos brutais e tristes sempre me remetem ao velho verso de Bob Dylan: "Quantas mortes serão necessárias até que eles saibam que muitas pessoas morreram? A resposta está soprando ao vento, a resposta está soprando ao vento". Até quando vamos esperar respostas a todas essas graves questões soprarem ao vento?