A opção por um incremento de 18,6% nos recursos destinados à segurança pública no orçamento estadual para 2017 está longe de garantir a resolução de problemas que dependem acima de tudo de mais recursos oficiais. Ainda assim, demonstra que o governo estadual, mesmo com a escassez de verbas para áreas como saúde e educação e premido por um déficit estimado em R$ 2,97 bilhões para o próximo ano, está atento aos apelos dos gaúchos por mais ações pela redução da criminalidade. É importante que, a essas providências, possam se somar outras de efeitos imediatos nessa área.
Entre os exemplos de iniciativas promissoras, estão a reestruturação da Secretaria de Segurança, que possibilitará colocar mais policiais nas ruas, e a construção de um presídio com mil vagas pelo grupo Zaffari na Região Metropolitana, em troca de um prédio do governo na Capital. É positivo também que o Piratini tenha convocado candidatos aprovados em concurso público para a Brigada Militar, ao mesmo tempo em que se empenha em ampliar o efetivo da Força Nacional no Estado, uma alternativa temporária bem acolhida pela população.
O combate à criminalidade, evidentemente, envolve um conjunto bem mais amplo de medidas, para o qual só agora o Executivo parece estar dedicando maior atenção, diante do aumento do clamor popular por segurança. Ainda assim, o enfrentamento da falta de vagas nos presídios e de policiais nas ruas é um gesto importante para assegurar resultados sem os quais a sensação de insegurança não será reduzida.