O referendo que define nesta quinta-feira se o Reino Unido permanece na União Europeia ou deixa o bloco continental não interessa apenas aos britânicos. O mundo todo está de olho nesse episódio emblemático para a economia global e para a convivência entre os povos do planeta. A Grã-Bretanha dirá se o futuro da civilização ocidental continuará sendo a globalização, a união de vizinhos em torno de causas comuns e a convivência pacífica de povos de múltiplas origens ou o ressurgimento do nacionalismo retrógrado, impulsionado pela crise econômica e pela xenofobia decorrente das ondas migratórias de refugiados. Se optarem pelo Brexit, a saída, os britânicos estarão colocando sob risco a principal experiência de aproximação entre países de um mesmo continente. Se ficarem, estarão mostrando ao mundo que receber imigrantes não é apenas uma questão humanitária, mas também um projeto de desenvolvimento baseado na liberdade, na diversidade e na reciprocidade.
Editorial