Desafios esperam o novo ministro da Saúde. Enquanto a crise econômica fez com que 1,33 milhão de pessoas perdessem seus planos de saúde, o que leva mais gente a procurar o SUS já sobrecarregado e subfinanciado, há redução de R$ 5,5 bilhões no orçamento para o ministério. Só que cortar verba da saúde é cortar vidas. O ex-ministro Agenor Álvares da Silva já havia assinalado que o Samu e o programa Aqui Tem Farmácia Popular só têm poucos meses de recurso e a previsão é de que haverá outros cortes. Hospitais e postos estão sendo fechados ou restringindo atendimento em todo o Brasil. Funcionários da saúde de diversos Estados e municípios estão com salários atrasados ou parcelados. E, às portas dos Jogos Olímpicos, temos epidemias de dengue, zika, chikungunya e H1N1. Ao mesmo tempo, há novos remédios sofisticados e efetivos para câncer – mas que podem custar quase R$ 1 milhão por ano por paciente.
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Stephen Doral Stefani: desafios e dilemas na Saúde
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