Opinião

Editorial

O presídio celebrado

Edu Oliveira / Arte ZH

Seria melhor que não precisássemos celebrar a abertura e o funcionamento de um novo presídio, mas, considerando-se o clima de insegurança em que vive o país, é muito bem-vinda a Penitenciária Estadual de Canoas I, que levou seis anos para sair do papel e agora começa a funcionar parcialmente. Como bem evidenciou o prefeito Jairo Jorge, que superou resistências para levar adiante o projeto, a inauguração do complexo prisional tem o sentido emblemático de derrubar muros, pois ele nasceu de um acordo entre lideranças políticas de diferentes partidos e garantiu à comunidade canoense benefícios compensatórios consideráveis.

O mais importante, porém, é que a nova prisão não foi pensada para ser um depósito de presos, como outras existentes no Estado e no país. Em vez disso, pretende ser um espaço de efetiva ressocialização de criminosos, com lugares dignos para a segregação da sociedade e oportunidades de estudo e trabalho para os apenados. Para isso, será estabelecida uma parceria com a iniciativa privada, especialmente com as empresas que se instalarão no entorno do presídio, conforme programa de incentivos já elaborado.

A exemplo do que ocorre em países mais desenvolvidos, teremos em Canoas uma experiência de gestão compartilhada na administração da penitenciária. É de se esperar que as dificuldades financeiras do poder público não sirvam de pretexto para boicotar projeto tão promissor.

 

Leia outros textos de Opinião

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Gaúcha Atualidade

08:10 - 10:00