Cobertura: acadêmicos da UCS
Texto: Alison Oliveira
As transformações pelas quais o jornalismo passa são um caminho sem volta. Pois hoje, mais do que ser um jornalista em tempo integral, é preciso ser multimídia, transitar por diversos meios e plataformas com segurança e competência. Essa foi a premissa da conversa com o jornalista Diogo Olivier, na segunda-feira (22), na Universidade de Caxias do Sul, no projeto ZH na Faculdade.
De forma franca e com um auditório lotado de alunos do curso de Jornalismo e de outras áreas da Comunicação, o colunista do jornal Zero Hora abordou os desafios do jornalista multimídia. Resgatando histórias do início da sua carreira, Olivier exemplificou as transformações que o mercado da comunicação vem sofrendo nos últimos anos, com o enxugamento de equipes e a queda de audiência dos meios de comunicação tradicionais.
O jornalista também abordou o papel da academia na formação do profissional, ressaltando por diversas vezes a importância da base teórica adquirida na universidade em contraponto ao dia a dia caótico das redações. Ainda, ressaltou a importância da inquietude e da proatividade do repórter no fazer jornalístico, ao abordar exemplos de pautas definidas quase ao acaso, após uma conversa com um torcedor ou na busca por um ângulo diferente do mesmo fato.
Qualidades que são essenciais para esse novo profissional, desejado pelas redações e com a responsabilidade de atender a uma nova demanda do mercado, conforme aponta o colunista:
– O jornalista multimídia é um profissional que tem de pensar em tudo, por uma questão de mudança da profissão e também por uma questão de mercado, crise econômica, redução de custos, mas fundamentalmente porque o nosso dia a dia está passando por uma transformação incrível – esclareceu.
Questionado sobre qual dica poderia deixar para os futuros profissionais, Diogo alertou para a importância de estar atento ao panorama atual da profissão:
– A universidade é fundamental, estudar é fundamental, mas o mais importante é saber que hoje você tem que ser multimídia. Não dá mais para você pensar em conseguir um local no mercado e se posicionar apenas pensando em jornal ou TV, pois se exige que se faça um pouco de tudo – diz Olivier.
O bate-papo também contou com a presença do jornalista Maurício Reolon, editor de esportes do jornal Pioneiro e egresso da Universidade de Caxias do Sul.
Confira o roteiro e como foi a cobertura de alunos durante os encontros #ZHnaFaculdade 2017:
Dia 9 - manhã e noite
UFRGS (Porto Alegre) - 10h30min - Ticiano Osório e Carlos Rollsing "Caderno DOC e a investigação jornalística em ZH"
ESPM (Porto Alegre) – Paulo Germano – "Jornalismo fora da curva e senso de humor na política"
UCPel / UFPel (Pelotas) – Raquel Saliba – "Jornalismo multimídia: as mudanças na produção de imagens em uma redação digital"
UCPel / UFPel (Pelotas) – Raquel Saliba - "A ousadia de experimentar formatos diferentes é o mais importante", diz editora ZH
Unifra (Santa Maria) – Rodrigo Müzell – "Cante a sua aldeia – como o conteúdo local pode ajudar a salvar o jornalismo"
UniRitter (Fapa-POA) – Debora Pradella – "Apps Colorado e Gremista: cinco tendências digitais na palma da mão"
Dia 10 - tarde e noite
UFSM (Santa Maria) – Rodrigo Müzell – "Cante a sua aldeia – como o conteúdo local pode ajudar a salvar o jornalismo"
Unipampa (São Borja) – Léo Gerchmann – "A América Latina na pauta jornalística"
Dia 11 - noite
Unicruz (Cruz Alta) – Jefferson Botega – "Todo jornalista é um profissional de imagem"
IPA (Porto Alegre) – Diego Araujo – "A cobertura esportiva em ZH"
Unifin (Porto Alegre) – Nilson Vargas – "Os desafios dos novos jornalistas no mercado em transformação"
Dia 15 - noite
Feevale (Novo Hamburgo) – Rodrigo Lopes – "Jornalismo transmídia em zonas de guerra e de catástrofe"
Dia 16 - noite
Univates (Lajeado) – Juliana Bublitz – "O jornalismo de dados na reportagem diária"
Dia 17 - tarde e noite
Unijuí (Ijuí) – Humberto Trezzi – "O jornalismo investigativo"
UFSM (Frederico Westphalen) – Ticiano Osório – "O caderno DOC e a edição de reportagens especiais"
Unisinos (São Leopoldo) – Nilson Vargas – "Os desafios dos novos jornalistas no mercado em transformação"
Unisinos (Porto Alegre) – Tulio Milman – "Multimídia e os novos parâmetros da comunicação"
PUCRS (Porto Alegre) – Carlos Etchichury e Adriana Irion – "A investigação jornalística: os bastidores do Grupo de Investigação (GDI) do Grupo RBS"
UniRitter (Porto Alegre) – Rosane de Oliveira – "Informação exclusiva e opinião no jornalismo político"
Dia 22 - noite
Ulbra (Canoas) – Nathalie Córdova – "Como ZH se tornou o veículo campeão em engajamento nas redes sociais brasileiras"
UCS (Caxias do Sul) – Diogo Olivier – "O desafio do jornalista multimídia"
Urcamp (Bagé) – Bruno Alencastro – "Fotojornalismo em tempos de convergência"
Dia 24 - noite
Fadergs (Porto Alegre) – Marta Sfredo – "O dia a dia do jornalismo econômico em um país em transformação"
Dia 31 - noite
FSG (Caxias do Sul) – Marta Gleich – "A investigação jornalística: os bastidores do Grupo de Investigação (GDI) do Grupo RBS"
Dia 8 de junho - noite
Unisc (Santa Cruz do Sul) – Dione Kuhn - "A cobertura política do Brasil em ZH"