A rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, região metropolitana de Natal (RN), foi controlada no começo da manhã deste domingo (15), após 14 horas. O governo confirma dez mortos. O número de feridos não foi divulgado até o momento.
Imagens divulgadas pela polícia comprovam que houve decapitações. Elas mostram três cabeças jogadas na área externa da unidade prisional. Segundo o governo estadual, o motim teve início por volta das 17h desse sábado e foi contido às 7h30 de hoje, depois que policiais entraram no estabelecimento.
De acordo com o governo, a rebelião começou após uma briga entre presos de dois diferentes pavilhões, o 4 e o 5. Não há registros de fugas, mas os internos ainda vão ser recontados. O número de vítimas também pode mudar após os policiais inspecionarem as celas. As autoridades apuram se a confusão tem relação com disputas entre facções criminosas rivais.
O governo estadual informou, por meio da assessoria de imprensa, que também foi instalado um grupo de monitoramento com as autoridades de segurança pública.
O Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes espera pedido de auxílio do Rio Grande do Norte para agir em relação à rebelião.
Presídio superlotado
A Penitenciária de Alcaçuz é considerada a maior unidade prisional do estado. Ela é formada por cinco pavilhões e tem 5.900 m² de área construída. São cerca de 1,2 mil presos. Mas a unidade está superlotada, pois a capacidade é de 620 internos.
Neste ano, outras duas grandes rebeliões resultaram na decapitação e assassinato de 56 presos no presídio Anísio Jobim, em Manaus, no dia 2 de janeiro, e quatro dias depois, em Roraima, 33 foram decapitados e esquartejados.