Existe todo um regulamento no comboio da Tocha Olímpica. Há pelo menos três caminhões dos patrocinadores que são verdadeiros trios elétricos, um com uma forte batida eletrônica, outro com uma batucada ao estilo Olodum e um terceiro com músicas brasileiras de embalo, nas quais Ivete Sangalo e Anitta reinam. O volume é altíssimo, exatamente para agitar a população.
Nas regras, porém, está o respeito a determinados lugares. Quando se passa por hospitais, o som para, como aconteceu em Lajeado na hora em que o revezamento esteve na frente do Hospital Bruno Born. Das janelas, funcionários, médicos e até pacientes acompanharam a passagem do fogo olímpico, com direito a muitas fotos e aplausos.
Intocável
Existe uma proibição que é ratificada a todos os condutores da Tocha Olímpica: "Não deixe ninguém tocar na tocha antes de acendê-la e enquanto não for extinto o fogo". Além de ter o simbolismo do "objeto sagrado", há a preocupação de que não venha a ser danificado o objeto num descuido ou que a chama se apague antes da hora por algum acidente.
Sempre alertas
Um exercício para os agentes de segurança - e são muitos - no revezamento da Tocha Olímpica aconteceu em Encantado. Ao final do comboio de mais de 20 veículos, havia alguns motociclistas da cidade que iriam seguir a movimentação. Antes de começar o deslocamento, uma destas motos começou a produzir fortes estouros em seu escapamento. Foi o que bastou para se agitarem imediatamente policiais da Força Nacional, Brigada Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal. A atenção é total para qualquer tipo de imprevisto, ainda mais quando um som se parece com tiros.