A brasileira Lorrana Scarpioni não está entre as 4 milhões de pessoas que decidem nesta quinta-feira (18) se a Escócia se torna independente, mas está apreensiva com o resultado. É porque ela transferiu o negócio para Glasgow há quatro meses e recebe incentivo do governo britânico. Lorrana criou a rede social Bliive de troca de tempo. Nas horas livres, um professor pode ensinar línguas em troca de aprender receitas de um chef, por exemplo. Por essa ideia ela entrou para a lista dos 10 brasileiros mais inovadores da revista de inovação do MIT (Massachusetts Institute of Technology).
Lorrana e equipe recebem do governo britânico 48 mil libras por ano. Ela teme perder o subsídio se a Escócia se emancipar, mas foi informada de que o risco é pequeno em função do tempo de transição. A maioria das pesquisas mostra uma pequena vantagem do não, mas em índices que tornam quase impossível prever um resultado. Era esse o clima por lá nesta quinta.
" A gente acredita que o não se manifesta menos por ser não. O sim, às vezes, é o orgulho escocês, então é mais fácil das pessoas irem para a rua", conta Lorrana.
Caso desfaçam a união que já dura 307 anos, os escoceses terão até março de 2016 para fazer a transição política e econômica.