O secretário estadual de Obras, Luiz Carlos Busato, confirmou na manhã desta quinta-feira (9) que três funcionários da secretaria foram afastados das funções por envolvimento em irregularidades na execução de obras pelo governo estadual. O pedido foi feito pela Polícia Civil, que deflagrou esta manhã uma operação que resultou na prisão de oito pessoas envolvidas em fraudes em obras orçadas em pelo menos R$ 12 milhões.
Segundo o secretário, a fiscalização de todas as obras é complicada. "Uma obra já é difícil de a gente fiscalizar, 1.815 obras, um desvio de conduta de um servidor lá no interior, não tem como a gente verificar se isso está acontecendo ou não", disse ele. Luiz Carlos Busato ainda garantiu colaboração total com as investigações. "Se está acontecendo alguma coisa, tem que ser estancado. E em toda esta investigação, nós da secretaria de obras vamos colaborar 100%", finalizou.
Foram afastados das funções o coordenador da secretaria em Novo Hamburgo, além de um arquiteto e um engenheiro, que trabalham há um ano lotados na cidade sob contrato emergencial. Eles foram presos nesta manhã.
O secretário disse ainda que tomou conhecimento de irregularidades em pelo menos duas obras - uma em São Leopoldo e outra em Porto Alegre. São alvos da investigação as obras na escola Instituto Estadual Parque do Trabalhador, no Vale do Sinos, e na Escola Estadual de Ensino Médio Oscar Pereira, no bairro Cascata, na Capital.
Documentos relativos às licitações, que datam de 2008, foram obtidos pela Polícia Civil. O secretário disse que não tem informações ainda sobre quais seriam as possíveis irregularidades.