Entre as obras investigadas pela Polícia Civil na Operação Kilowatt, deflagrada na manhã desta quinta-feira (9), está a reforma no telhado da Escola Estadual de Ensino Médio Oscar Pereira, na zona sul de Porto Alegre. O prédio deveria ter todo o telhado substituído, mas segundo a direção, apenas 30% da estrutura foi trocada.
A polícia suspeita que servidores da Secretaria de Obras do Estado, em parceria com empresas, tenham superfaturado obras em escolas e em outros prédios públicos.
"Eu percebi que era material de péssima qualidade. (...) Chovia nos corredores, aí foram trocadas a calhas, mas continuou. Mais de três vezes fizemos intervenções junto à Secretaria da Educação para que fosse revisado o trabalho feito pela empresa", disse Ana Regina Jardim, diretora da escola. "Nosso telhado é de brasilite, estava no plano de obra a troca do telhado, mas não aconteceu, foi só 30%, no entorno da escola", completou.
Na Escola Oscar Pereira, além do telhado, também foi feita a reforma em um banheiro, que foi adaptado para uso de deficientes físicos. O espaço de seis metros quadrados teve apenas o vaso sanitário, o piso e uma pia trocados, além de ganhar duas barras de apoio. A obra custou R$ 23 mil.
No Vale do Sinos, três integrantes da Coordenadoria Estadual de Obras foram afastados, entre eles o coordenador, um arquiteto e um engenheiro. Esses dois últimos, trabalhavam há cerca de um ano sob contrato emergencial na Secretaria de Obras.
Relatório da direção da escola para Secretaria da Educação lista problemas na instituição: