Um dos empresários presos na quarta-feira na segunda parte da Operação Leite Compensado aceitou delação premiada oferecida pelo Ministério Público e revelou o esquema. Antenor Signor deu todos os detalhes da adulteração do leite. Em depoimento aos promotores Mauro Rochemback e Alcindo Bastos da Silva Filho, admitiu que fraudava o produto. Revelou que todo o leite por ele transportado era vendido para a Confepar, cooperativa de leite do Paraná. O promotor Mauro Rochemback conta.
" Ele fazia dois percursos. Do produtor até Selbach. E o segundo de Selbach até a Confepar, em Pato Branco", revela o promotor.
O empresário revelou, inclusive, a fórmula da fraude, segundo o promotor.
" Todo o leite por ele transportado era adulterado com um fórmula de 70 litros de água, 300 gramas de ureia", conta Rochemback.
O volume fraudado e entregue à Confepar, segundo o empresário, chegava a quinhentos mil litros por mês. Ele revelou ainda que a fraude tinha a participação direta de outro empresário, Daniel Rieti Villanova, já preso na primeira fase da operação. Villanova é responsável pelo posto de resfriamento de leite em Selbach. Antenor aceitou revelar todo o esquema em troca da liberdade e de redução da pena em eventual condenação. O empresário, o sócio e irmão dele, Adelar Signor, e o motorista da empresa Odirlei Fogalli foram presos na quarta-feira em Rondinha, no Norte do Estado. Antenor disse que o irmão não participava da adulteração. O Ministério Público do Paraná já foi avisado do esquema envolvendo a empresa paranaense.
Gaúcha
Operação Leite Compen$ado: Preso admite adulteração de leite e revela esquema
Empresário foi solto por colaborar com as investigações
Eduardo Matos
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