O promotor de justiça Mauro Rochenbach espera conseguir outras prisões nos próximos dias no escândalo da adulteração de leite no Rio Grande do Sul. Na semana passada, a Operação Leite Compen$ado prendeu nove suspeitos. Sete continuam na cadeia com prisão preventiva. A investigação do Ministério Público ficou concentrada nesta etapa em três núcleos: Ibirubá, Horizontina e Guaporé. De acordo com os promotores, atravessadores adicionavam ureia no leite para mascarar a adição de água durante o transporte entre a propriedade rural e as indústrias. As análises comprovaram a presença de formol, substância cancerígena.
Em Ibirubá, Horizontina e Guaporé, a adulteração é a mesma, mas não há indícios de ligação entre os empresários. Outras denúncias de fraudes chegaram ao Ministério Público após a operação. De acordo com o promotor Mauro Rochenbach, é investigado o mesmo esquema em mais três municípios.
- A investigação não está concluída. Nós já tínhamos identificado outros empresários. Com certeza, nos próximos dias teremos novidades, com novos pedidos de prisão - avisa o promotor.
Em Horizontina, o Ministério Público pedirá novamente a prisão de um suspeito que teve negado pela Justiça o pedido anterior. Nesta segunda-feira, o promotor Mauro Rochenbach vai ouvir em Guaporé o empresário preso. Leandro Vincenzi é dono de uma frota de transporte de leite. O promotor vai apresentar nesta semana denúncia à Justiça nos núcleos de Guaporé e Ibirubá.
Saiba Mais:
A Promotoria de Defesa do Consumidor vai ouvir nesta semana representantes das indústrias responsáveis pelo leite alvo de fraude. O objetivo é firmar um Termo de Ajustamento de Conduta para reparar os prejuízos aos consumidores. Caso não haja acordo, o Ministério Público poderá ingressar com ação coletiva de consumo.
Entenda o Caso
Nove pessoas foram presas na Operação Leite Compen$ado, realizada pelo Ministério Público (MP) no interior do Rio Grande do Sul. No início do ano, foi descoberta uma fraude que pode causar problemas de saúde. De acordo com os promotores, atravessadores adicionavam ureia no leite para mascarar a adição de água durante o transporte entre a propriedade rural e as indústrias. As análises comprovaram a presença de formol, substância cancerígena. A operação foi realizada nas regiões de Horizontina, Ibirubá e Guaporé. Está proibida a comercialização de leite de vários lotes de sete marcas: Hollmann, Goolac, Só Milk, Italac, Líder, Mumu e Latvida.