A UE apresentou, nesta terça-feira (25), um pacote com diversos projetos para aumentar a extração de matérias-primas críticas na Europa, como parte dos esforços para reduzir a dependência da China.
A ideia é assegurar minerais críticos e elementos de terras raras, que são essenciais para artigos eletrônicos e necessários para a transição verde do bloco.
A Comissão Europeia, o braço Executivo da UE, publicou uma lista de 47 "projetos estratégicos" que incluem iniciativas como a abertura de minas de lítio, necessárias para a produção de carros elétricos, e tungstênio.
Os projetos em 13 países da UE se beneficiarão de um acesso facilitado ao financiamento do bloco, assim como processos mais simples e rápidos para a concessão de novas permissões.
"A Europa atualmente depende de terceiros países para muitas das matérias-primas das quais mais necessita. Devemos aumentar a nossa própria produção, diversificar o nosso fornecimento externo e fazer reservas", disse o comissário europeu de Estratégia Industrial, Stéphane Séjourné.
Os projetos buscam garantir a extração em território europeu, assim como o processamento e a reciclagem de matérias-primas estratégicas necessárias para a produção de armas, disse a Comissão.
As permissões devem ser concedidas dentro de 27 meses para projetos de extração e 15 meses para projetos de processamento ou reciclagem, acrescentou.
A Lei sobre Matérias-Primas Críticas enumera 17 elementos estratégicos como boro, cobalto, cobre, gálio, germânio e níquel.
Também estipula que até 2030, a UE deve satisfazer 10% de suas necessidades de extração, 40% de seu processamento e 25% de suas necessidades de reciclagem para cada material.
Segundo os dados da UE, a China proporciona 100% do fornecimento de terras raras à UE, enquanto a Turquia fornece 98% do suprimento de boro à UE.
* AFP