Rússia e Estados Unidos anunciaram os resultados de uma reunião entre grupos de especialistas dos dois países, com avanços em áreas como segurança marítima e exportações agrícolas - mas condicionados à retirada de uma série de sanções contra Moscou, segundo comunicado divulgado nesta terça-feira, 25, pelo Kremlin.
Os pontos centrais do acordo, já tratados em nota anterior da Casa Branca, incluem a "Iniciativa do Mar Negro", que prevê "a garantia da segurança da navegação no Mar Negro, a não utilização da força e a proibição do uso de embarcações comerciais para fins militares".
Além disso, os EUA se comprometeram a "apoiar a restauração do acesso das exportações russas de produtos agrícolas e fertilizantes ao mercado mundial", com facilitação de seguros, portos e pagamentos.
No entanto, o Kremlin deixou claro que essas medidas só entrarão em vigor após a remoção de sanções específicas, como a reconexão do Rosselkhozbank e outras instituições financeiras russas ao sistema SWIFT, a abertura de contas necessárias para transações internacionais, o fim das restrições a empresas exportadoras de alimentos, fertilizantes e produtos pesqueiros, bem como às seguradoras que trabalham com essas cargas, a liberação de navios com bandeira russa envolvidos no comércio desses produtos e a permissão para atracação em portos estrangeiros, além da suspensão de sanções sobre a entrega de equipamentos agrícolas e outros bens ligados à produção de alimentos.
O comunicado também destacou o entendimento sobre os ataques a instalações energéticas, com Rússia e EUA concordando em uma "proibição de ataques" por 30 dias, a partir de 18 de março de 2025, com possibilidade de extensão.
O acordo, porém, permite que uma das partes se retire caso a outra não cumpra os termos. Ambos os lados afirmaram que continuarão trabalhando por uma "paz estável e duradoura".