Os promotores de Manhattan responsáveis pela condenação penal do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump envolvendo ocultação de pagamento a uma atriz pornô manifestaram-se, nesta terça-feira (10), contra a anulação desse processo. Eles sugeriram que o caso seja congelado até o fim de seu mandato.
Trump foi condenado por esconder pagamentos para a ex-atriz pornô Stormy Daniels em troca de seu silêncio sobre um suposto encontro sexual entre eles, na tentativa de preservar sua imagem nas eleições de 2016. Trump nega que tenha se relacionado com ela.
Juan Merchan, o juiz do caso — o único processo penal contra Trump que chegou a julgamento — adiou indefinidamente sua sentença durante uma audiência em 22 de novembro, após a vitória do republicano nas eleições presidenciais de 5 de novembro.
Os advogados de Trump citaram como justificativa para solicitar a anulação da condenação uma decisão da Suprema Corte em julho, que concede aos presidentes ampla imunidade por atos oficiais cometidos durante seu mandato.
Os promotores reconhecem que Trump deve receber um tratamento especial para evitar que o caso interfira em seu segundo mandato na Casa Branca. No entanto, argumentam que o pedido para anular o processo vai "muito além" do necessário para preservar a presidência.
"Vários arranjos que não envolvam a anulação atenderiam a esse objetivo, incluindo uma suspensão dos procedimentos durante seu mandato", indica o documento.
O juiz do caso agora terá que decidir se arquiva o caso completamente ou suspende qualquer consequência legal até o fim do mandato de Trump, que começará em 20 de janeiro de 2025.