O Departamento da Justiça dos Estados Unidos revelou, nesta sexta-feira (8), um suposto complô iraniano para assassinar Donald Trump antes das eleições presidenciais vencidas pelo republicano.
De acordo com a acusação, o plano de assassinato frustrado foi supostamente dirigido pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) para vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani, ocorrida em 2020 em um ataque dos EUA no Iraque ordenado pelo então presidente Trump.
Segundo o governo estadunidense, a IRGC encarregou, em 7 de outubro, Farhad Shakeri com um plano para matar Trump. Acredita-se que Shakeri, de 51 anos, esteja no Irã.
Ele e outros dois homens, Carlisle Rivera, de 49 anos, e Jonathon Loadholt, de 36, foram acusados, separadamente, de conspirar para matar uma jornalista iraniana-americana dissidente em Nova York.
Rivera e Loadholt estão sob custódia dos Estados Unidos e compareceram a um tribunal de Nova York nesta sexta (8), segundo o Departamento de Justiça.
— As acusações anunciadas hoje expõem as contínuas tentativas descaradas do Irã de atacar cidadãos americanos, incluindo o presidente eleito Donald Trump, outros líderes governamentais e dissidentes que criticam o regime de Teerã — afirma o diretor do FBI, Christopher Wray.
O Departamento de Justiça descreveu Shakeri como um "ativo do IRGC residente em Teerã". Indicou que ele emigrou para os EUA quando criança e foi deportado nos anos 2000 depois de cumprir 14 anos de prisão por roubo.
— Nos últimos meses, Shakeri utilizou uma rede de parceiros criminosos que conheceu na prisão nos Estados Unidos para fornecer ao IRGC agentes para realizar vigilância e assassinatos de alvos — relatou o departamento.
Rivera e Loadholt, sob a direção de Shakeri, passaram meses vigiando uma cidadã americana de origem iraniana que critica abertamente o regime iraniano e foi alvo de vários complôs para sua execução. Ela não foi identificada.